De acordo com a Associação Internacional de Dislexia e com o National Institute of Child Health and Human Development, a Dislexia é uma incapacidade específica da aprendizagem, de origem neurobiológica. É caracterizada por dificuldades na correção e/ou fluência na leitura de palavras e por baixa competência leitora e ortográfica. Estas dificuldades resultam de um défice fonológico, inesperado, em relação às outras capacidades cognitivas e às condições educativas. Secundariamente podem surgir dificuldades de compreensão leitora, experiência de leitura reduzida que pode impedir o desenvolvimento do vocabulário e dos conhecimentos gerais.
A Origem
Sabendo-se que os problemas cognitivos estão na base da Dislexia, e que muitas capacidades são determinadas pelo funcionamento cognitivo-preceptivo, pela atenção, pela memória, pela linguagem, etc, as características desta Perturbação da Aprendizagem Específica (PAE), são muitas e variadas. Ainda assim, a ansiedade revela-se uma
característica frequentemente comum.
Muitas das crianças diagnosticadas com Dislexia desenvolvem problemas de ansiedade e, com o decorrer do tempo, desinteresse pelo estudo. As suas “diferenças” tornam-nas alvos fáceis do escárnio dos colegas, na sala de aula.
As principais características (da dificuldade de aprendizagem) são observáveis, como as dificuldades na leitura e na escrita, o que, muitas vezes, suscitam comportamentos pouco positivos por parte da turma e, até, da comunidade escolar.
Na sala de aula
A relação com os colegas (e até com alguns professores) torna-se muitas vezes desafiante, pelo que é, por vezes, sugerido ao professor que explique à turma que a criança tem Dislexia, tal como algumas (crianças) têm miopia, fazendo sobressair as suas habilidades, muitas vezes esquecidas. (…) São crianças que pensam e percebem de uma maneira multidimensional, pensam mais com as imagens do que com as palavras, possuem grande imaginação, (…). Os pais ficam, muitas vezes, preocupados que “toda a gente saiba”, no entanto, é uma solução que previne o escárnio dos colegas e reforça as relações entre os alunos.
A criança com Dislexia raramente aplica as regras de leitura, de conjugação, de gramática. A forma de aplicação das regras da língua portuguesa constitui a prova mais difícil (e humilhante) para a criança. Daí que seja fundamental que se sugira ao professor que compreenda este modo diferente de aprendizagem e que tente encontrar soluções
adequadas, como a adaptação de provas, ou o desenvolvimento de pedagogias artísticas e corporais.
A criança deve ser encorajada a ler e a escrever, mesmo cometendo erros. O professor deve evitar ler as suas classificações em voz alta, sobretudo se forem muito baixas.
A atribuição de responsabilidades à criança costuma trazer vantagens (tenha a criança dificuldades de aprendizagem ou não).
A escola proporciona variadíssimas experiências à criança. Estas podem (e devem) ser estimulantes/enriquecedoras, mas também podem ser intimidantes, gerar “traumas”, que poderão, ou não, acompanhar a criança para o resto da vida.
Conclusão
Como 10% da população mundial sofre de Dislexia, é essencial que aqueles que têm dificuldades na leitura tenham um bom suporte para que possam atingir os seus objetivos e não se sintam estigmatizados. Importa salientar que a Dislexia pode existir em comorbilidade com outras PAE ou com outras perturbações como é o caso do Défice de Atenção.
É de primordial importância que a comunidade escolar forneça à criança as estratégias pedagógicas adequadas e o tempo de que necessita, o que nem sempre acontece. Como também é de extrema importância a compreensão de que, embora aprendam de um modo diferente, as crianças/os alunos com Dislexia são tão (ou mais) capazes e inteligentes do
que a maioria dos seus colegas.
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