Um blog sobre dislexia e outras dificuldades de aprendizagem
Como referimos na publicação anterior, “30 Sugestões de Atividades para as Férias Escolares“, recorrer às novas tecnologias torna-se, frequentemente, uma inevitabilidade. Mas será que sabemos, e que as nossas crianças sabem, utilizar as novas tecnologia de forma saudável
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda mais atividades e menos sedentarismo para que as crianças possam crescer saudáveis. O tempo sedentário poderá incluir ver televisão ou vídeos e jogos de computador.
A OMS recomenda que crianças com menos de 1 ano não sejam expostas a telas. Nunca.
Não recomenda a utilização de aparelhos eletrónicos e digitais por crianças de 1-2 anos.
Recomenda que crianças de 2-4 anos não excedam uma hora à frente das telas e que crianças de 5-10 anos não ultrapassem três horas.
Na adolescência deverá ser negociado o número de horas. Uma utilização superior a 5 horas por dia, com clara perturbação do funcionamento do adolescente, é considerado uso excessivo.
A agência das Nações Unidas aconselha os pais a não utilizarem, caso seja possível, os telemóveis e similares à frente das crianças com menos de 5 anos. Sugere que se realizem atividades divertidas com elas, como pintar e cantar, e que lhes seja dada atenção integral. Caso os pais tenham que falar ao telefone, procurem usar um aparelho fixo para que a criança se sinta menos tentada a brincar com ele depois.
A organização recomenda ainda que os pais não tenham medo de dizer “não”.
Salientando que nunca é tarde para mudar maus hábitos em relação ao uso de telas.
Neste sentido, o Professor Daniel Sampaio, a Professora Ivone Patrão e a Direção Geral da Educação, no âmbito do Centro de Sensibilização SeguraNet, com o apoio da Geração Cordão e do Instituto de Apoio à Criança, promovem uma campanha de sensibilização para a utilização saudável das novas tecnologias.
Salientam a importância de, pelo menos, 8 horas diárias de sono, sem a presença de tecnologia no quarto, referindo que para adormecer a tecnologia não é benéfica porque confunde o cérebro com a luz; a importância da higiene diária que deverá ser sempre uma prioridade e, salientam ainda, a importância das refeições principais em família, que poderão ser um excelente “momento de comunicação, de aprendizagem e de afetos” durante as quais os telemóveis e similares deverão ser proibidos.
O mundo online deverá ser supervisionado e o número de horas e os conteúdos devem ser adequados ao nível de desenvolvimento da criança ou do jovem. Deverão ser impostas 3 a 5 regras “bem definidas, claras e objetivas”, partilhadas por todos. Referem que deve existir um equilíbrio entre as atividades de lazer online e offline, podendo conciliar ambas.
Referem ainda que o aborrecimento promove a descoberta de novos mundos. É importante promover a descoberta de outros interesses e competências. A tecnologia fica de fora, nestas descobertas! Mexer, cheirar, provar, apreciar são importantes para um desenvolvimento saudável nas crianças e nos jovens.
A primeira infância é um período de rápido desenvolvimento físico e mental durante o qual os hábitos são formados e as rotinas de estilo de vida familiar são adaptáveis. Assim, recomendamos que se privilegiem atividades como a leitura, a escrita, o desenho, a pintura, o canto e a dança. Caso sintam dificuldades em introduzir essas atividades no quotidiano familiar, sugerimos que as introduzam de forma subtil, através de jogos.
O jogo de cartas Brincar com Histórias pretende melhorar a criatividade e o imaginário da criança e a capacidade da mesma de expressar o seu pensamento, as suas ideias e as suas emoções. Poderá ser um ponto de partida para uma conversa, um texto, um desenho, ou até para uma pintura numa tela. O jogo de tabuleiro Brincar com os Sons é a oportunidade ideal para a criança aprender, em família.
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