Um blog sobre dislexia e outras dificuldades de aprendizagem

A importância do jogo na criança

Quando uma criança nasce, o seu sistema cognitivo não tem maturidade para ser independente. O ser humano tem necessidades de um longo período de maturação
cerebral e aprendizagem, para poder atingir uma vida autónoma.

O jogo não é uma especificidade humana e está profundamente ancorado na evolução da vida animal, nomeadamente nos mamíferos.

O jogo traz à criança numerosos benefícios e ajuda no processo de maturação cerebral.

  • É necessário à forma física, ao desenvolvimento musculo esquelético e sensoriomotor;
  • Favorece a regulação do stress e das emoções;
  • Desenvolve as habilidades sociais (compreensão dos pensamentos, das intenções e das emoções do outro e dela mesma) e o tratamento da informação social (capacidade em analisar situações sociais e resolver problemas, que daí advêm);
  • Contribui para o desenvolvimento da linguagem, para a aquisição do vocabulário e para o enriquecimento da construção frásica;
  • Desperta as capacidades de memorização e restituição e contribui na aquisição das habilidades úteis para as aprendizagens escolares;
  • Estimula as funções executivas, para mobilizar a atenção, a inibição, a memória de trabalho e a flexibilidade;
  • Suscita a criatividade e a imaginação, que suportam numerosas funções cognitivas, como a linguagem, a memória e as funções executivas.

Todas estas competências cognitivas, associadas a um ambiente afetivo seguro, estável e amoroso permitem desenvolver competências de resiliência, para fazerem frente aos acontecimentos dolorosos da existência.

O jogo é indispensável ao bem-estar físico e mental, como também ao desenvolvimento da curiosidade e da perseverança.

“O jogo é o trabalho da criança, é a sua profissão, é a sua vida”

Pauline KERGOMARD (1838-1925), fundadora do pré-escolar

Texto traduzido e adaptado do livro “Le développement cognitif par le jeu – Comprendre l’importance du jeu pour renforcer les fonctions cognitives et exécutives”, Rémi Samier – Sylvie Jacques (2021)

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