Conheça as histórias de quem viveu e superou, dia após dia, as dificuldades que as Perturbações da Aprendizagem Específicas acarretam e que afetam cerca de 17% da população mundial.
Aprender nem sempre é fácil e são poucas as crianças que completam o período escolar sem ter que vencer ao menos uma grande dificuldade.
Vamos conhecer alguns casos de sucesso que apesar das dificuldades de aprendizagem que apresentaram, perseguiram os seus sonhos e lutaram para alcançar os seus objetivos. Conheça a história de vida, os obstáculos que ultrapassaram e as estratégias que utilizaram para triunfar.
Leonardo da Vinci para além de ter sido um pintor de exceção, sendo a Última Ceia e Mona Lisa duas das suas obras mais conhecidas, figurando no inventário universal como duas das maiores obras de todos os tempos, foi ainda um exímio escultor, arquiteto e engenheiro, para além de geólogo, astrónomo, matemático, inventor e, até, músico.
Um dos maiores génios da humanidade, difícil de igualar, talvez o génio universal. Assim sendo, os trabalhos de Leonardo da Vinci refletem, sem margem de dúvida, o seu génio criativo, deixando-nos perplexos com a afoiteza das suas criações e levando-nos a refletir sobre o grande património mundial que é a mente humana, havendo, assim, que preservá-la, incentivá-la e respeitá-la.
Leonardo Da Vinci notabilizou-se pela sua incomparável inteligência e criatividade. É recordado pela escrita em espelho, pela obsessão por alavancas e engrenagens e pela sua procrastinação crónica. Teria, este génio, uma perturbação da aprendizagem?
A escrita em espelho, cuja explicação dada, por muitos estudiosos, como sendo uma possível estratégia para esconder as suas invenções dos outros, para que lhe não roubassem as ideias, poder ser, também, explicada pela dislexia, uma vez que a maioria das suas anotações era feita da direita para a esquerda., é uma característica dos indivíduos esquerdinos com dislexia. A sua quase obsessão por alavancas e engrenagens e a sua procrastinação crónica são características que podem muito bem enquadrar-se numa desordem por défice de atenção ou, mesmo, em síndroma de Asperger.
Estaremos perante uma “dupla excecionalidade”, a de um génio, talvez a pessoa mais talentosa que alguma vez existiu, e a de um indivíduo com necessidades especiais que soube, provavelmente apoiado no seu imenso talento e na sua perseverança, contorná-las. (in – Flora Editora )
Pablo Picasso conquistou seu lugar como um dos pintores mais conhecidos do século 20 ao pintar o anormal. Suas pinturas muitas vezes apresentavam objetos ao contrário, fora de ordem, ou viravam de várias maneiras. Mas essas cenas que consideramos obras de arte inspiradas na imaginação eram realmente muito reais para Picasso.
Picasso era disléxico, uma dificuldade de aprendizagem que alterava a orientação de letras e palavras em seu cérebro. As pinturas de Picasso retratavam o que ele via, e sua dislexia foi, sem dúvida, uma influência para as suas famosas obras de arte.
Os primeiros anos de escolaridade de Picasso foram marcadas por tentativas fracassadas de acompanhar o ritmo da escola.
Ele era frequentemente expulso da sala por ser um mau aluno, mas em vez de ficar sentado em silêncio durante o seu castigo, Picasso pegava um bloco de desenho e desenhava durante o tempo que fora banido da sala de aula.
Picasso tentava explicar que a orientação das letras mudava constantemente enquanto ele lia, mas era incompreendido.
Depois de muitos anos de reprovação na escola paroquial local, o pai de Picasso incentivou o jovem artista a se matricular na escola de artes. Então, aos 14 anos, Picasso se matriculou na Escola de Belas Artes de Barcelona. Aqui ele muitas vezes faltava às aulas, percorrendo Barcelona, esboçando alguns dos pontos turísticos da cidade.
Ele finalmente completou a escolaridade e passou a se tornar um dos ícones artísticos do século 20. Picasso pintou cenas como ele as viu, permitindo que sua dislexia que afeta a orientação guiasse sua imaginação e seu pincel para criar peças de arte icônicas como “Vieux guitariste aveugle” e “Les demoiselles d’Avignon“.
Naturalista, biólogo e viajante britânico, célebre pelas suas expedições a paragens longínquas – como as Ilhas Galápagos, no Oceano Pacífico – que lhe permitiram estudar em pormenor os hábitos de espécies desconhecidas na Europa. De regresso a Inglaterra, publicou uma das obras que mais influenciaram a ciência dos últimos dois séculos: A Origem das Espécies (1859), em que disserta sobre a adaptação dos animais ao meio ambiente, introduzindo a teoria da seleção natural a partir de um ancestral comum – incluindo o próprio homem, “aperfeiçoamento” de outros primatas. Apesar de ter suscitado polémica, esta teoria serviu desde então para explicar a diversidade das espécies naturais e a própria evolução humana.
Embora Darwin seja geralmente conhecido por sua teoria inovadora sobre a evolução, era notório a sua gramática pobre, ortografia atroz e pontuação peculiar. Em suas cartas, eram percetíveis vários erros de ortografia
Alguns historiadores afirmam que Darwin gaguejava e sofria de transtorno obsessivo-compulsivo, bem como dislexia leve.
Michael FitzGerald, professor do Trinity College em Dublin, na Irlanda, acredita que a síndrome de Asperger deu a Darwin sua criatividade, hiperfoco, determinação e capacidade de observar detalhes minuciosos. De acordo com FitzGerald, ele era considerado um “menino muito abaixo do padrão comum em intelecto”.
Apesar de todas as dificuldades Darwin teve inúmeros trabalhos publicados, foi uma mente brilhante que revolucionou a forma como o ser humano pensava na evolução da vida e de todos os seres vivos.
Físico e académico alemão, de origem judaica. Recebeu o Prémio Nobel em 1921 pelos contributos teóricos que deu ao desenvolvimento da física quântica. Mas ficou célebre sobretudo pela sua Teoria da Relatividade Geral, relacionada com a passagem do tempo, a geometria do espaço, o movimento dos corpos em queda livre e a propagação da luz.
Em 1933, com o início do domínio nazi na Alemanha, refugiou-se noutros países, acabando por se fixar nos EUA, naturalizando-se norte-americano em 1940. Foi-lhe proposto em 1952 o cargo de Presidente da República de Israel, que recusou. Ficou célebre por muitas frases, entre as quais esta: “Deus não joga aos dados com o universo.”
Entre as pessoas mais influentes na história que se julga terem sofrido de dislexia figura o grande Albert Einstein. Os argumentos a favor desta hipótese são os seguintes:
1) Albert Einstein atrasou a fala. Ele era um falador tardio e começou a falar confortavelmente apenas aos 6 anos de idade, em linha com muitas outras pessoas disléxicas.
2) Albert Einstein pode ter sofrido de outros sintomas relacionados com dislexia. Ele lutava para ler em voz alta, achava difícil expressar suas ideias por escrito e tinha dificuldades para aprender uma língua estrangeira como o inglês.
3) A aprendizagem de Albert Einstein melhorou em ambientes criativos. Como muitas pessoas disléxicas, ele teve dificuldades em sua escola primária inicial, que dependia muito da memorização. No entanto, depois de mudar para uma nova escola focada na aprendizagem criativa, o jovem Einstein saiu-se muito bem.
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